Você já deve ter ouvido falar disso. Em filmes de ficção, robôs se destroçam em batalhas cheias de efeitos especiais, ou um androide é enviado ao passado para evitar que algo ocorra no futuro… na realidade a coisa é bem diferente. Injetando um programa malicioso no sistema de controle informatizado de uma turbina é possível destruir uma usina nuclear. Muitos acreditam que foi exatamente o que aconteceu em Fukushima no Japão. Uma configuração do sistema teria sido alterada por um worm chamado Stuxnet, fazendo com que o sistema de refrigeração da turbina não fosse acionado, provocando uma explosão.
Teorias da conspiração à parte, a Internet das Coisas (IoT), como foi batizada a automação de equipamentos através da internet, aliada à falta de cuidados com a segurança dos sistemas são alguns dos motivos que potencializam a vulnerabilidade para um cyber-ataque. Acessar imagens de câmeras de vigilância, assumir o controle de um veículo autônomo ou provocar o caos no sistema de trânsito, financeiro, de comunicação ou de defesa de uma cidade ou até de um país inteiro, são alguns exemplos do que veremos por aí a qualquer momento.
Segundo Amilton, Diretor Técnico da Insight, o que possibilita estes ataques de forma cada vez mais ostensiva é a falta de segurança da informação aplicada. Cada vez mais tem pessoas sem a capacitação necessária implantando sistemas de acesso (catracas, câmeras), deixando os novos recursos de acesso externo ativos nestes equipamentos, sem se preocupar em configurar uma senha forte ou tomar outros cuidados.